AS CRIANÇAS APRENDEM O QUE VIVENCIAM

AS CRIANÇAS APRENDEM O QUE VIVENCIAM

Se elas vivem ouvindo críticas, aprendem a condenar.

Se convivem com a hostilidade, aprendem a brigar.

Se as crianças vivem com medo, aprendem a ser medrosas.

Se as crianças convivem com a pena, aprendem a ter pena de si mesmas.

Se vivem sendo ridicularizadas, aprendem a ser tímidas.

Se convivem com a inveja, aprendem a invejar.

Se vivem com vergonha, aprendem a sentir culpa.

Se vivem sendo incentivadas, aprendem a ter confiança em si mesmas.

Se as crianças vivenciam a tolerância, aprendem a ser pacientes.

Se vivenciam os elogios, aprendem a apreciar.

Se vivenciam a aceitação, aprendem a amar.

Se vivenciam a aprovação, aprendem a gostar de si mesmas.

Se vivenciam o reconhecimento, aprendem que é bom ter um objetivo.

Se as crianças vivem partilhando, aprendem o que é generosidade.

Se convivem com a sinceridade, aprendem a veracidade.

Se convivem com a equidade, aprendem o que é justiça.

Se convivem com a bondade e a consideração, aprendem o que é respeito.

Se as crianças vivem com segurança, aprendem a ter confiança em si mesmas e naquelas que a cercam.

Se as crianças convivem com a afabilidade e a amizade, aprendem que o mundo é um bom lugar para se viver.

Dorothy Law Nolte

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

A PREGUIÇA DORMINHOCA

"Vai ter com a formiga, ó preguiçoso, considera os seus caminhos e sê sábio." 
Próverbios 6.6


Eram dez da manhã e a preguiça ainda dormia agarrada nos galhos de uma seringueira.
Um vento forte balançava os galhos das árvores de um lado para o outro, mas a preguiça não acordava, continuava na mesma posição, num profundo sono.

Debaixo da seringueira alguns animais faziam muito barulho. Eles corriam, pulavam e comiam uma jaca grande, madura, bonita, cheirosa e gostosa.
Estavam lá o quati, a paca, o mutum, a coatiara, o gavião, a capivara, o tucano, a queixada e a anta. Nenhum deles perdia tempo, comiam rápido, com receio de que acabasse logo e cada um queria comer mais que o outro.

Com todo aquele barulho a preguiça acordou, mas acordou aborrecida, tão aborrecida que resolveu reclamar. Mas até reclamar, isso demorou, porque ela só conseguiu abrir os olhos depois de algum tempo. Levou outro tanto para esticar os braços e mudar de posição. Mais outro tempo para movimentar a cabeça e olhar para baixo.
Então a preguiça falou bem devagar:
- Vocês não têm outra coisa para fazer nesta hora da madrugada?
-Por que não vão dormir? Isto é hora de acordar a quem está tão cansada e com tanto sono?
Os bichos não deram a menor atenção para o que ela dizia. Eles sabiam que todos os dias ela acordava muito tarde, estava sempre cansada, vivia de mau humor, andava indisposta e nunca terminava o trabalho que começava. Ninguém ligou para  a reclamação dela .
Enquanto isso, a festa sobre a jaca continuava, e o barulho também.

A preguiça ficou olhando para os bichos comendo e viu o quati com um bago, na maior satisfação do mundo, comendo bem rápido, apressado para pegar outro.
-Quati, você trás uns bagos pra mim? Eu estou com uma fome!
Mas o quati, sem tirar os olhos da jaca, disse:
-Preguiça, por que você não desce?
-Eu acordei agora quati, vai dar muito trabalho pra eu descer e não quero melar a minha mão no visco da jaca. É tão demorado para limpar depois!
-Ah! Então fique com fome! Eu é que não vou levar para você. Se você quiser comer, venha. Você pode descer!
Quando a preguiça viu que ninguém ia levar o bago de jaca para ela, lentamente se arrumou, encolheu os braços, esticou as pernas, inclinou a cabeça para trás e olhando por cima, fechou os olhos e dormiu novamente, com fome.


 
 Autor: Franklin Ribeiro Dávila

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